E quando eu vou...

Uma lágrima solitária teimava em escorrer pelo seu rosto. Ela não queria chorar. Não queria mostrar o quanto estava ferida por aquelas palavras. Quer dizer - não eram bem as palavras que a feriam. Era a desistência. Era o modo como ele insistia que era a melhor solução. E as lágrimas que ele deixou escapar no momento em que deveria parecer forte, deveria parecer convicto. Em que deveria ter certeza. Ela esperou, perguntou e insistiu. Ele não mudou de idéia. Estava indo embora. Ela não se conteve - segurou sua mão, e pediu que ficasse. Ainda não era hora. Ainda não era o fim. Poderia dar certo. Se eles quisessem. E ela sabia que ele queria.


Bruna Góes

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