Fidelidade.


Soube noutro dia notícias de uma amiga. Disseram que ela estava de volta com o ex-futuro-sempre-namorado. Houve traição, desculpas, o rebuliço de sempre. E indignação das amigas que não gostam de vê-la retornar sempre à mesma situação. O que me fez pensar um bocado a respeito. Não sobre a amiga e o namorado; sobre fidelidade.
Definição do dicionário: Constância, firmeza, perseverança.
Compromisso ou respeito ao compromisso, seja ele com outros ou consigo.
Certa vez alguém me disse que eu tinha sorte por esta ser fiel a mim. Discordo. Fidelidade não é mérito. É pré-requisito. Por que eu penso assim? A partir do momento em que uma pessoa, de livre vontade, se envolve com outra, seja amizade, namoro ou qualquer que seja a relação, e se compromete, da maneira que for, acredito que fidelidade é um item imprescindível. Você está lá porque quer, se envolveu porque quis; aceitou os termos do contrato: acredite, sempre há esses termos -- eles ficam explícitos ou implícitos, mas todos sabem que existem. Sabemos muito bem que devemos respeitar companheiro/amigo/colega, no mínimo, para manter saudável qualquer relação. Creditamos excessivamente alguém que nos trata de maneira minimamente respeitosa: estamos tão acostumados ao descaso e ao desrespeito que esquecemos que respeito não é mérito. É o mínimo. Aos que se acham merecedores de troféus por fazerem o mínimo: façam mais. Façam o máximo, alimentem os sentimentos e cativem de verdade. Cultivem tudo que possa agregar valor às relações; porque respeito e, consequentemente, fidelidade, são a base, as raízes, a matéria-prima de qualquer relacionamento. Dê amor; dê a si mesmo. Faça-se, assim, merecedor de honras.

P.S. Quanto à amiga? Bem, provavelmente os conceitos de fidelidade e respeito dela não batem com os meus. Felizmente, coincidem com o que ela quer para garantir a felicidade. Cada um, cada um.

Bruna Góes

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