
O sol se punha devagar na linha tênue do horizonte. Ela pensava em cada palavra dita, em cada suspiro, em cada pausa. Olhava distraída para a transformação do azul límpido em tons de vermelho, alaranjado e rosa, e poucos minutos depois transformando o céu num misto de tons sóbrios e escuros. Deitou na areia. Imersa em pensamentos, não notou quando o primeiro ponto de luz surgiu logo acima dela, milhões de quilômetros distante. A lua, um pequeno arco distante. Distante. A saudade se apoderou dela. Espera. Esperança. A noite já ia longe quando ela percebeu que já deveriam ter passado horas. Levantou-se. Limpou um pouco da areia das roupas.
Uma última chance. Pouco mais de um minuto. Nada. Caminhou em direção às luzes das casas mais próximas. Acabara-se a espera. Acabara-se a esperança. Ele não apareceu.
Bruna Góes
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